Coração concertado com técnica kintsugi

Rita Roque • 6 de agosto de 2021

Restauro Kintsugi

  • Um prato azul quebrado está sobre uma mesa de madeira

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Já o leu algures, porque a Internet tratou de o espalhar, qual metáfora para corações partidos: se atirar um prato ao chão e depois colar os cacos, ele volta a ser o que era? A resposta é não. Mas o que o ciberespaço não elabora é que a peça – seja a loiça ou o seu sistema emocional – pode ficar melhor. Basta pôr um pouco de kintsugi na ferida.
 
O kintsugi – ou kintsukuroi – é uma técnica japonesa de reparação de cerâmicas que colmata as falhas de uma peça cobrindo-as de resina misturada com pó de ouro, prata ou platina. Reza a história que foi o shogun japonês Ashikaga Yoshimasa (que reinou de 1449 a 1473 durante o período Muromachi do Japão) que devolveu à China uma danificada tigela de chá em porcelana chinesa, para ser reparada, e o que recebeu de volta foi uma peça reconstruída com inestéticos agrafos de metal. 
O desagrado foi tal que Yoshimasa pediu aos artesãos japoneses uma solução mais esteticamente aprazível de reparação, resultando nesta arte de “colar” fissuras com laca dourada. A popularidade foi tão exacerbada que alguns colecionadores foram acusados de quebrar cerâmicas de grande valor para que pudessem ser reparadas em modo kintsugi. A técnica, apesar da origem nipónica, pode ser aplicada a cerâmicas de berços diferentes, como China, Vietname, Coreia… e até ao mundo atual – de forma metafórica, claro, mas não menos poderosa em sentido.

"O KINTSUGI NÃO É SÓ UMA TÉCNICA – É UMA FILOSOFIA DE VIDA QUE COLOCA AS FALHAS NÃO COMO DEFEITOS, MAS COMO FATORES DE EVOLUÇÃO.”
Notícia completa em:
 
Como uma filosofia, kintsugi pode ter semelhanças com a filosofia japonesa de wabi-sabi, a aceitação do imperfeito ou defeituoso. A estética japonesa valoriza as marcas de desgaste pelo uso de um objeto. Isso pode ser visto como uma razão para manter um objeto mesmo depois de ter quebrado e como uma justificação do próprio kintsugi, destacando as rachaduras e reparos como simplesmente um evento na vida do objeto, em vez de permitir que o seu serviço termine no momento de seu dano ou ruptura.
Kintsugi pode se relacionar com a filosofia japonesa de "não importância" (無心 mushin) que engloba os conceitos de não-apego, aceitação da mudança e destino como aspectos da vida humana.
Embora originalmente ignorado como uma forma de arte em separado, o kintsugi e métodos de reparação relacionados têm sido destaque em exposições na Galeria Freer no Smithsonian e no Metropolitan Museum of Art.
 
Se tiver uma peça que gostaria de a ver restaurada com a técnica de Kintsugi, agora pode fazê-lo no Atelier Rita Roque
Não hesite em contactar-nos!

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